Há de ficar
ante a memória da tua face
a sensação viva da tua pele.
O desejo dos teus lábios
e o sabor da tua boca
como uma fruta madura da infância
colhida descalça em tardes quentes .
Há de ficar
intocado teu sorriso
a salvo das angústias
dores e medos que vi nascer .
Entre meus dedos a textura
dos cabelos que acompanhei
o tempo pintar e a vida encolher.
intocado teu sorriso
a salvo das angústias
dores e medos que vi nascer .
Entre meus dedos a textura
dos cabelos que acompanhei
o tempo pintar e a vida encolher.
Há de ficar
A forma cinzelada do teu sexo
e o paladar delicado do mel
que ofertavas sôfrego
e eu sorvia com devoção.
Há de findar
somente essa saudade insana
e a peleja inútil contra os fatos
primevos
pétreos
imutáveis .
somente essa saudade insana
e a peleja inútil contra os fatos
primevos
pétreos
imutáveis .
6 comentários:
A produção anda meio escassa... mas cada vez mais primorosa. Simplesmente adorei! ;-)
Bjos.
Que dilícia chegar aqui e encontrar novidade! E, como sempre, novidade das boas. (Mas, se tudo isso de bom ficar, será possível não sentir saudade?)
Amei! Beijo grande!
Certos momentos bastam...eles já têm o dom da eternidade! Um beijo grande!!!
decerto de que "para se guardar narciso", seja ele ou ela quem for, tantas coisas hão de ficar... com a condição fatal de que outras hão mesmo de findar... belo, muito belo este teu poema. 1 bj
Lindo poema parabéns...gostei muito...
ei, dona sumida... já não guardaste narciso suficientemente para desenlaçar-se deste abraço da foto e comparecer por aqui? 1 bj
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