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A distância é um alucinógeno, meu bem. Mais potente que qualquer erva, fungo ou ácido já conhecido.
O silêncio põe em tua boca um dicionário inteiro, em prosa e verso, do delicadamente doce ao friamente perverso. E o vento vem, aos meus ouvidos, soprar temas para delírios.
Já não creio nem duvido.
Viajo.
Ando vestida
com uma vida,
que de tão justa,
já não me serve.
Que de tão pálida
já me desbota
e de tão velha
já me desgasta.
Que de tão gasta
já me deprime
e de tão presa
já não me movo.
Que de tão certa
me deixa torta
e de tão lúcida
já me enlouquece.
Que porre!