terça-feira, julho 29, 2008

do ESQUECIMENTO


Livros ainda não guardados espalhando
pendências e vozes pelo quarto
Sexus acabado, Plexus partido ao meio

O ato reflexo da mão que afaga os seios
ainda quentes de cama e sonho
Uns versos que se guardou de memória:
percevejos dispersos pelo colchão


Gestos reconhecidos num estranho
Velhas luzes de neon alfinetando o olhar

Azul demais no céu de um dia frio
Apanhar-se rindo na seção de horti-fruti
Evitar inutilmente uma dezena de caminhos
Agosto vindo, Hilda sempre
o noticiário diariamente


Os fios do esquecimento
resistindo ao esgarçar


29/07/2008