segunda-feira, julho 30, 2007

De restaurantes
cinemas mercados compras contas teatros retratos
datas flores filhos férias contratos
Do toque quente no meio da noite
Do beijo frio depois do café

Nada do que não sei
me fará falta

De portas que silenciam a cidade e
paralisam ponteiros para o efervescer de sonhos
De palavras que as bocas se proíbem
e os olhos traem docemente
Das que se disse e ainda ecoam, ecoam...
Sorrisos de chegada
silêncios de partida
De repetidas pequenas mortes
De décadas, reencontros e perenidade
Eu sei

E do que sei
há vastidão em faltar-me

14/10/2006