domingo, março 16, 2008

da provável série CURTOS CONTOS










Dia claro, 120 km/h, última curva da eletrizante e solitária viagem.
Sem tempo de frear, chocou-se contra a muralha de recordações.
Convertida numa fluida mistura de carne, sangue e lágrimas, escorreu pelo asfalto ainda em espasmos.
No ar, um suave e inebriante odor. Pairando sobre os destroços, um fantasma assinava sem remorsos, com suor e sêmen, a autoria do acidente.
24/02/2008








10 comentários:

Anônimo disse...

Oi, amiga, certos acidentes são tão bons, não? Parto eu, agora, em busca de um novo acidente para mim. Beijos e cuide-se (que venham os acidentes, mas, que você nunca mais se machuque)!

Sônia Marini disse...

Su
Acho que estamos falando de "acidentes" diferentes...rs Mas, de qualquer forma, isso é só uma estorinha, só um conto.
beijos

Anônimo disse...

a qualidade me permite desejar que de provável a série seja promovida a constante... 1 bj

Sônia Marini disse...

Marcos
Meu querido, espero que sim!
beijos

Anônimo disse...

Que venham mais contos..e resgate-se bem depressa das curvas..principalmente as de rio...rss brincadeirinha!!! Beijosss e Feliz Páscoa

Sônia Marini disse...

Célia
Curva de rio? Tô fora!ahahahahahaha
Boa páscoa pra vc tbém!

Anônimo disse...

Querida Sonia, que alegria encontrá-la em meu blog hoje. Sim, voltei, e sentindo aquela desesperada e incontida vontade de escrever novamente. Que belo curto conto, Sonia. Espero que venham outros. Beijo grande.

Sônia Marini disse...

Marilena
Eu é que fiquei muito feliz, por encontrá-la de volta no blog. De vez em quando passava por lá para reler alguns poemas, com a esperança de encontrar alguns novos. Encontrei!Gosto da sua poesia, MESMO, MUITO. Faço votos de que essa vontade desesperada e incontida de escrever, tenha vindo pra ficar. Nós, leitores, agradecemos.
Beijos mil

Moacy Cirne disse...

Coivara fogaréu: um mario cezar em cada poesia. Conto, contos: aqui estou. Vendo. Brechando. Relendo. Tudo bom, tudo bem: assim, como as águas do meu Seridó. Abraços.

Sônia Marini disse...

Moacy
Se foi Coivara quem te trouxe, vieste muitíssimo bem acompanhado.
Estive olhando rapidamente o POEMA PROCESSO e o BALAIO PORRETA. Coisa boa demais pra se ler correndo. Fica minha promessa de voltar lá, com a merecida atenção.
abraços