terça-feira, julho 17, 2007

Memórias





Interrompeu a frase, abruptamente.
Sua face foi se incendiando. As bochechas tornaram-se maçãs carameladas. Um sorriso deliciosamente bobo e frouxo ocupou seus lábios. Deu um, dois, três passos atrás, até ser contido pela parede. Escorou-se, mãos espalmadas, desejando fundir-se a ela e desaparecer. O olhar vívido, entre fixo e fugindo, apontava na direção de uma garotinha saltitante, que acabara de sair da escola.
Aos cinco anos de idade, quase seis, Maria Angélica caminhava e sorria, como quem lança feitiços e sabe disso.
Ele? Já não tinha mais escolha.

12 comentários:

Pedro Pan disse...

, oi sonia lembro sim da outra versão do "pulsar". que bom sua volta, seja bem vinda.
, beijos meus.

Anônimo disse...

Sonia, querida, eu é quem fiquei alegre por encontrar um comentário seu no meu blog. Depois de entrar no antigo Pulsar, achei-a aqui, sempre sedutora, instigante e apiaxonada. Adorei reencontrá-la. Estou tentando voltar a escrever, ao menos um pouquinho, porque afinal é um vício vital, não é mesmo? Este post seu é instigante e gostoso demais. Obrigada. 1 grande beijo.

Anônimo disse...

Sônia, você tratou com tanta poesia desse momento único, difícil de se captar de tão fugidio que é! Achei que a foto complementou o texto com muita particularidade. Coisa que sempre me atraiu muito nos blogs: Texto e imagem se complementando!!! Abraços para ti!

Anônimo disse...

aos cinco anos ou em qualquer outra idade, contra tais feitiços não há mesmo escolhas... ai de nós, moços, pobres moços (rss...) bj

diovvani mendonça disse...

Vim cá, ver as paisagens que você desenha com palavras. E digo-lhe que gostei muito do seu pulsar. AbraçoDasMontanhas.

Sônia Marini disse...

Pedro
Seja bem vindo aqui. beijos

Sônia Marini disse...

Marilena
Eu sempre passava lá pelo seu blog, na esperança de vê-la de volta. Só não dizia nada para não fazer muita pressão. Também tenho meus silêncios e entendo. Mas, estou muito contente que vc esteja de volta. beijos mil

Sônia Marini disse...

Marcos
Pobres moços, pobres moças. Porque contra feitiços, somos igualmente impotentes. beijos

Sônia Marini disse...

Diovvani

Fico contente que tenha gostado, porque será uma grande alegria tê-lo de volta.
beijos

Sônia Marini disse...

Rafael Um daqueles momentos que presenciamos e precisamos eternizar, de alguma maneira. A menina da fotografia lembra muito a verdadeira, na expressão e fisicamente também. Só não havia as flores. Mas creio que o garoto as viu. rs
Beijos

Anônimo disse...

Oi, vim lhe contar que Ana Luiza voltou. Veja: http://bardaruiva.zip.net/. Hoje tem festinha de inauguração... rs. Apareça! Beijo!

Sônia Marini disse...

Sueli
Obrigada por avisar. Já dei minha passadinha por lá.
beijos