domingo, setembro 09, 2007

Jovem poeta não, que a poesia dele vem de antes, de muito antes do seu primeiro lápis, tenho certeza.
Poeta jovem, amigo querido de noites de música, versos, garrafas de vinho e muita prosa.
Com vocês, a poesia de Francisco Josivan.



O Inquerer

E se eu quisesse chorar,
Me acalmariam...
E se eu quisesse amar,
Me ex-tranhariam...

E se eu quisesse sofrer,
Me sorririam...
E se eu quisesse viver,
Me mostrariam:

As duras dores da vida
Os vis sorrisos dos lábios
A cama sempre contida
Os choros maiores dos lagos

Os partos préstitos dos logos
As causas do choro ex-plicadas
Os clarões faustos dos fogos
As vidas e camas clareadas.
E se eu quisesse gritar,
Me in-ternariam...
E se eu quisesse cantar,
Me matariam.

(escrita sob a inspiração do texto de Marilena Matiuzzi - http://mmatiuzzi.zip.net/arch2007-07-01_2007-07-31.html )



Amor Por Vir

Era um tipo de amor assim tenro
Arrebatado de desejos de sinceridade
E do fogo brando do braseiro pleno

Era um tipo de amor e saudade
Saudade encontrada na certeza
De Penélope que esperava à eternidade

Era um tipo de amor assim leveza
Como a pena que cai lá do alto
Destinada, como o amor, à inteireza

Era um tipo de amor assim intato
Guardião do romance qual antigo
Um amor que cobria o céu, de tão lato

Era um tipo de amor assim amigo
Vivido no esperar do futuro sereno
Era então um amor ainda não sido


Francisco Josivan
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17 comentários:

vieira calado disse...

Na minha opinião, estes são tercetos muito bem esgalhados.
O terceto impõe um ritmo próprio e isso é patente no poema.
Boa semana para si e obrigado pela sua visita ao meu blog.

Anônimo disse...

Beleza de poesia Sônia, feita por quem entende de amor... Um beijo pra vc e outro pra ele.

Anônimo disse...

franciscos, via de regra, são danados no que fazem... sobretudo, tomar vinho e prosear (rss..) quando danam a escrever, então... este aqui, apresentado por vc, segue a toada. tomem um porre por mim, please (rss...) bj.

Anônimo disse...

muito bonitas. beijos, pedrita

Sônia Marini disse...

Vieira

Concordo.
Foi um prazer ter estado por lá, assim como tê-lo novamente por aqui.
abraços

Sônia Marini disse...

Célia
Estou certa de que ele entende, sim.
Estivemos juntos ontem e falamos sobre seu comentário. Ele adorou.
beijos

Sônia Marini disse...

Querido Marcos

Tentamos, ontem.
Mas não tivemos muito sucesso. Saímos "quase" sóbrios. O máximo a que cheguei, foi um breve delírio onde pensei ter condições de discutir Kant e Nietzsche. rsrsr Creio que carecemos da sua inestimável e experiente ajuda.rs
Você está intimado a juntar-se a nós!
beijos

Sônia Marini disse...

Pedrita
Concordo!
Um beijão

mg6es disse...

bons versos do poeta, gostei muito, em especial do segundo.


[]´s

Webmaster disse...

ai como é bom ver alguém escrever sobre o amor... faz bem pra alma!
grande beijo e boa semana!

Anônimo disse...

Linda a palavra do poeta, Sonia. Achei o máximo que meus textos tenham servido de inspiração. Bj.

Anônimo disse...

Amiga, Sônia,
É interessante que o lápis tenha sido meu companheiro há apenas algum tempo (e curto - tanto o lápis quanto o tempo).
Há coisas que as palavras não dizem e as lágrimas ambiguizam. Há coisas que os sons da fala modificam a substância. Há as que os versos inteirizam. Há as coisas que a música substancia. Há as coisas sem substância e as substâncias que não são fenomizadas e, aí, não passam a ser "coisas", mas apenas suposições do existente.
A Poesia não é um modo. É a coisa substanciada e a substância encoisada. A Poiésis é o próprio movimento do ser, fenomênico e substantivo.
O Lápis? Ah... o lápis é o modo.
Obrigado por deixar o meu modo aparecer em seu espaço de aparecimentos. Grato, mesmo.
Há algum tempo visito e re-visito a sua casa e o seu diário. Agora, neste segundo dia de Primavera, desabrocho as palavras para agradecer festivo a sua amizade.
Beijos,
Francisco

L. Rafael Nolli disse...

Olá, Sônia! Poxa, a visita aqui foi produtiva pois pude ler o Franscisco e sua bela poesia. Inquerer é um poema muito interessante! Abraços para ti!

Sônia Marini disse...

Andréa
O amor é que fez bem pra alma! :-)
beijos

Sônia Marini disse...

Múcio
Que bom que gostou!
Adoro tê-lo por aqui, embora eu mesma ande sumida.(que vergonha...)
beijos

Marilena
Seus textos sempre inspiram! Você é que nem sempre fica sabendo.
saudades e beijos

Sônia Marini disse...

Francisco
Ohh amigo... e eu, pra responder, quase deixo chegar o verão.
Estará sempre, meu espaço à disposição do seu modo.
abraços

Sônia Marini disse...

Rafael
Também o considero muito interessante.
Abraços pra ti também