domingo, maio 06, 2007

Citibank Hall e sua luta contra a crueldade com animais.

Quem já teve a oportunidade de ver como vivem (?) as aves criadas para abate, certamente sentiu um arrepio na espinha de se imaginar em semelhante situação, privado de grande parte de seus movimentos.
O Citibank Hall, renomada casa de espetáculos de SP, vem direcionando todos os seus esforços para sensibilizar a população de SP e os turistas que nos visitam, sobre as condições cruéis em que são criados esses animais, reproduzindo-as para que possamos vivenciá-las em sua plenitude.
Estive na casa na última sexta-feira e pude sentir, em cada músculo, nervo e osso do meu corpo, o que é ser amontoada e privada dos mais básicos movimentos, por duas horas. Uma experiência realmente inesquecível.
Uma recomendação para quem pretende conferir de perto: Leve bebida de casa e vá de táxi. Eu, particularmente, achei que a dificuldade em se conseguir um refrigerante quente (pelo dobro do preço, à vista, somente em dinheiro), não é necessária para reproduzir as condições em que vivem os animais, considerando-se que estes são até alimentados em excesso. O táxi, porque animais não têm carro e, portanto, não precisam pagar R$20,00 para estacioná-lo, sem manobrista (mas tem que deixar sua chave) e enfrentar uma fila gigante para pegar seu ticket.
Para os que não estão em excelentes condições físicas, têm problemas de coluna, claustrofobia, síndrome do pânico, excesso de peso, etc..., sugiro uma versão light: Mesa VIP (apenas 1ª ou 2ª fila). Qualquer outra opção de lugar, pode tornar a experiência excessivamente traumatizante para os não atletas. Se você não é adepto de experiências intensas, resta apenas o camarote, onde você realmente poderá ficar bem acomodado, ver o show e sentir pena de quem ficou embaixo.
Outra boa notícia, é que a casa não é a única a ter essa louvável iniciativa. Se o TOM BRASIL (Nações Unidas) for mais próximo da sua casa, pode ser uma opção interessante. Mas este não tem cadeiras giratórias, como oferece o Citibank Hall. Há quem considere dispensável já que, de qualquer forma, a falta de espaço não permite o uso desta função.
Os preços dos ingressos, embora variem de acordo com o show, também são calculados de modo a tornar a experiência mais significativa e ENRIQUECEDORA.
Minhas sinceras desculpas, se deixo de mencionar as outras famosas casas da cidade mas, apesar de acreditar que se trate de ação conjunta inclusive com as de outros grandes centros, meu compromisso com a justiça me impede de falar sobre o que não conheço.
Se você não faz parte da parcela privilegiada da população, que tem condições financeiras de bancar a experiência, não fique chateado. Você ainda pode se divertir em um dos muitos SESCs da cidade, por um terço do preço, ou até de graça, ser bem tratado e ficar bem acomodado, assistindo um show de primeira, com som menos ensurdecedor e distorcido. Mas vai perder a indescritível sensação de ter cada nota do baixo e de alguns instrumentos de percussão, pulsando vivamente no seu peito. Fazer o quê? Não dá para ter tudo, não é mesmo?
Bom passeio!

5 comentários:

Anônimo disse...

rsss.. e vc se sentiu um animal silvestre contrabandeado ou como um franguinho destinado ao molho??? adorei sua crítica...vc tem toda razão, às vezes , sair de casa é uma verdadeira tortura...nestas horas fico lá sonhando com minha casa e minha cama, mas minha opinião não conta, sabe que sou avessa a multidões e sinto tédio em festa.. rss um grande beijo. e boa semana.

Anônimo disse...

eu me incomodo um pouco com essas ações oportunistas para chamar a atenção da mídia e ganhar marketing. é horrível como matam bois, como criam porcos. mas também é horrível como uma onça caça um veado. então, infelizmente, é a lei da natureza. acho horrível arrancar verduras da horta, quem já o fez sabe o sofrimento. depois elas ficam horas fora da água até lavarmos e cruelmente comermos, então, é cruel viver, não há jeito. beijos, pedrita

Anônimo disse...

depois da digressão animalesca, eu não curto o citibank hall, que acho que era o ex-palace, que sempre teve péssimos lugares de visão, barulhos de bebidas intermináveis. prefiro teatros mais formais.

Sônia Marini disse...

Célia

Acho que me senti um franguinho...com esperanças de escapar do molho. rsrsrsrs
beijos

Sônia Marini disse...

Pedrita

Ohhh...acho que vc me levou a sério..rsrs
Fui tão convincente assim? rs
beijos