"... Es tan corto el amor, y es tan largo el olvido..."
Pablo Neruda
Dia das lembranças fazerem pirraça.
E passa uma caravana inteira em arruaça.
Paus e pedras na vidraça.
Salto agulha no olho da saudade.
Recolho os cacos mais perigosos:
Um sorriso pontiagudo
Milhares de palavras e cenas
-em cacos mínimos
Um certo modo de amar, profundamente cortante
- tão preciso e nosso
E o silêncio, espesso
entalado feito um osso,
que não quebra
nunca se quebra...
Varro tudo pra debaixo do tapete
E sigo
cortes profundos,
cega de um olho.